segunda-feira, 30 de junho de 2008


Carta das Redes de Saúde da População Negra no Congresso Brasileiro de Prevenção as DST e AIDS
Florianópolis, 28 de junho de 2008.
Nós, negras e negros, presentes no VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, realizado em Florianópolis de 25 a 28 de junho de 2008, reiteramos a importância do enfrentamento do racismo, do se xismo, da lesbofobia, da homofobia, da transfobia, da intolerância religiosa, da discriminação em função da condição de saúde, da vida com HIV, da deficiência ou de qualquer outra situação, para a garantia de efetivação do direito humano à saúde e, em especial, para a redução das vulnerabilidades às DST e ao HIV/Aids.
Embora o movimento negro seja um sujeito político que atua na defesa do direito à saúde e na luta contra a Aids desde a década de 80, ainda temos o desafio de mobilizar a sociedade para reconhecer o crescimento e o encrudescimento da epidemia de Aids na população negra.
Nós, ativistas do movimento negro e representantes das Redes Nacionais de Controle Social e Saúde da População Negra, Religiões Afro-brasileiras e Saúde, Rede Lai Lai Apejo – População Negra e Aids, Afro-Atitudes e da Rede de Mulheres Negras do Paraná, em busca da equidade e da justiça social, reivindicamos:
1. que no âmbito das políticas, ações, planos ou programas da Secretaria de Vigilância em Saúde e do Programa Nacional de DST/Aids, em especial, sejam definidas ações estratégicas emetas específicas para o enfrentamento do racismo e das iniqüidades raciais, considerando que estes são fatores incrementadores das vulnerabilidades à infecção pelo HIV e outras DST e ao adoecimento por Aids, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde em 2006;
2. que o Ministério da Saúde dê continuidade no fomento a pesquisas na área de racismo e Aids, população negra e Aids, por meio de editais de pesquisa específicos e que, junto a isso, garanta uma ampla divulgação dos resultados das pesquisas de 2006/2007;
3. que o Ministério da Saúde e Organismos do Sistema ONU, ao implementar programas e ações de promoção aos direitos sexuais e reprodutivos, prevenção às DST-HIV/Aids e drogas para
a juventude, considerem o impacto das desigualdades sócioraciais, da violência, do racismo e da discriminação institucional na determinação dos contextos de vulnerabilidade às DST, HIV/Aids;
4 . que o Ministério da Saúde, Organismos do Sistema ONU, estados e municípios ampliem e aprimorem suas ações de comunicação no campo da prevenção das DST/Aids com vistas a garantirigualdade de oportunidades no acesso a informações e maior adequação às realidades e expectativas dos vários segmentos populacionais, residentes nas áreas urbanas e rurais, nos campos e nas florestas;
5. que o Ministério da Saúde, Organismos do Sistema ONU, estados e municípios, apóiem iniciativas do movimento negro para a consolidação e o fortalecimento dos trabalhos em rede embusca de saúde integral e de acesso universal à prevenção, tratamento e assistência no campo das DST/Aids.
Assinam
Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra
Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde
Rede Lai Lai Apejo – População Negra e Aids
Rede Nacional Afro-Atitudes
Rede de Mulheres Negras do Paraná
pesquisas na área de racismo e Aids, população negra e Aids,


Enviado por Jurema Werneck

STRESS: A DOENÇA DO CAPITALISMO

Os sete agentes estressores

As dívidas certamente ocupam o primeiro lugar:

O medo das contas que chegam, a ansiedade com a possibilidade de inadimplência, o nome que pode ir para as associações de cobrança são estressores poderosos .
O segundo estressor é a busca incessante pelo sucesso, pela habilidade de ser capaz de comprar não apenas as coisas que necessitamos, mas principalmente aquelas que desejamos. É o way of life que as sociedades capitalistas nos impõem.
O que nos leva ao terceiro estressor:

o medo de perder o emprego ou a fonte de renda e com ele a habilidade de prosseguir com os próximos passos da escada do sucesso.
Um quarto fator que dispara o estresse financeiro é o medo do envelhecimento sem qualidade. Isso explica, por exemplo, o enorme avanço da previdência privada no Brasil. Esse medo ainda que resida em algum momento de um futuro distante para muitos de nós, é uma ameaça permanente diante de tanta instabilidade econômica e política.
Um quinto estressor é o medo de retroceder na posição social. Ou seja, não ser capaz de manter o status quo, ou o estilo de vida a que se está acostumado: o envelhecimento do carro que não se consegue substituir, o bairro onde se vive que começa a ficar decadente, o casamento que parece estar ruindo (Como será viver divorciado, com recursos menores?); a empresa que vai demitir (Será que consigo emprego com o mesmo salário?), etc.
Um sexto estressor financeiro decorre do lugar em que vivemos. Sim, claro, se hoje você mora nos EUA, certamente acorda todos os dias pensando na crise que ruge no horizonte. Em 2002, os pesadelos de quem vivia no Brasil (empresário ou investidor principalmente) eram mais apavorantes do que qualquer filme de terror e torçamos para que a crise americana não respingue no hemisfério sul.
Além disso, quem mora em diferentes lugares do Brasil, independente de crise ou não, sente o estresse financeiro de maneira diferenciada: no campo, na cidade, São Paulo, Fortaleza...
Um sétimo estressor financeiro está relacionado à raça, gênero, idade.

Fonte: Eliana Bussinger, médica/VYA ESTELAR

2007/2008. O QUE MUDOU?


O dia 27 de outubro, Dia de Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra, marca o compromisso que temos na implementação de ações que reduzam as desigualdades no acesso aos serviços de saúde e nos índices de doenças da população negra.O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem olhado com atenção esse tema.
Em 2004, criou um comitê técnico para discussão sobre o assunto, que logo conseguiu a ampliação do tratamento da anemia falciforme, uma doença genética freqüente nesta população.
No fim do ano passado, foi aprovada a Política Nacional de Saúde da População Negra. O novo texto é um marco para o atendimento à saúde da população negra. Por meio dele, o governo federal reconhece a existência do racismo institucional e a desigualdade étnico-racial.
A partir do diagnóstico, propõe ações como o treinamento profissional, as ações direcionadas contra agravos e doenças de maior prevalência dessa população, a pesquisa no setor e a participação do controle social pelos movimentos negros.
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra representa um esforço do governo federal no sentido de corrigir as iniqüidades da atenção à saúde desta parcela da população, que corresponde a 45% dos brasileiros.
O nosso desafio é trazer parceiros, gestores estaduais e municipais e representantes da sociedade civil e trabalhadores de saúde para essa política. O movimento social negro é fundamental para essa mobilização, na defesa do SUS e da saúde da população negra.
esforço deve ser abrangente, seja na acesso a educação, seja na redução da violência uma das principais causas de morte do jovem negro, seja na melhora da qualidade de vida e renda desta população. Determinantes sociais são itens que comprovadamente que interferem nas condições de saúde.
Desejo que este dia seja marcado pela força que a população negra representa e que ele resulte em uma grande mobilização social para mudarmos o quadro de saúde que hoje enfrentamos.

2007- Pronunciamento do Ministro da Saúde -José Gomes Temporão

ANEMIA FALCIFORME ATINGE 50 MIL BRASILEIROS

Estima-se em cerca de 50 mil o número de brasileiros com anemia falciforme no país e, na maioria dos casos, a população negra é atingida.

O que é a anemia falciforme?

A doença caracteriza-se por uma alteração dos glóbulos vermelhos do sangue e não tem cura mas pode ser controlada se tiver um tratamento adequado.
Os pacientes com anemia falciforme sofrem de anemia crônica, icterícia, lesões de órgãos e sentem dores generalizadas com propensão a problemas de saúde como acidente vascular cerebral e infecções.
Se não são tratados corretamente, precisam submeter-se a freqüentes transfusões de sangue.Para aqueles que necessitam de transfusão, é necessário o sangue deleucotizado (sem a presença de leucócitos) e fenotipado (para identificação de antígenos dos grupos sanguíneos). Como o paciente recebe sangue freqüentemente, pode desenvolver anticorpos contra os leucócitos e contra antígenos de grupos sanguíneos.
A realização de transfusão diversas vezes também gera um acumulo de ferro no organismo do portador da doença. Quando isso acontece, é necessária uma bomba de infusão, seringa adaptada ao corpo do paciente, para injetar no organismo remédio que retira o excesso de ferro.
O formato dos glóbulos vermelhos dificulta sua passagem pelos vasos sanguíneos.
A causa da anemia falciforme está na mudança do formato dos glóbulos vermelhos, células flexíveis e arredondadas que transitam facilmente pelos vasos sanguíneos do corpo. Essa alteração tem origem genética. Essas células são responsáveis pela pigmentação vermelha do sangue e por transportar o oxigênio dos pulmões para tecidos e órgãos do corpo.
Os portadores da doença possuem glóbulos vermelhos em forma de foice e ou meia lua. Como são mais rígidos, passam pelos vasos sanguíneos com mais dificuldade, ocasionando obstrução e levando a crises dolorosas.
A anemia falciforme não é contagiosa. Sua manifestação é percebida pela dor nos ossos, nos músculos e nas juntas.
Essas crises dolorosas sempre necessitam de orientação médica. A pessoa também pode ficar pálida, sentir cansaço e apresentar feridas nas pernas.Nas crianças pode haver inchaço doloroso nas mãos e nos pés; desmaio e aumento do baço. Elas também tendem a desenvolver infecções. As crises de dor têm variações de intensidade.
As crises leves podem ser tratadas em casa com bastante líquido, remédios para dor e repouso, após avaliação de um médico.
Quando há febre é preciso procurar assistência médica para tratar a infecção o mais rápido possível.É possível o diagnóstico precoce, por meio do exame do pezinho, indicado 48 horas após o nascimento.
"Índices do Ministério da Saúde revelam que, a cada grupo de 35 pessoas, uma registra traço de anemia falciforme. Na Bahia, há um falcêmico para cada 500 nascidos vivos. No Rio de Janeiro, esse número sobe de um para cada 1.200 e, em Minas Gerais, Pernambuco e Maranhão, de um para cada 1.400 nascidos vivos" (O Norte, 16 de abril de 2005).Sintomas da doençaA Doença Falciforme (englobadas SS, SD, SC, S - Talassemia), pode se manifestar de forma diferente em cada indivíduo. Uns tem apenas alguns sintomas leves já outros apresentam um ou mais sintomas, entre eles:
. Crise de DorÉ o sintoma freqüente da Doença causado pela obstrução de pequenos vasos pelos glóbulos vermelhos em foice. A dor pode se localizar nos ossos ou articulações, no tórax, no abdômen, podendo atingir qualquer local do corpo.
. Icterícia (cor amarela nos olhos)É o sinal mais freqüente da doença. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina. A urina adquire uma coloração próxima ao caramelo e o branco dos olhos se torna amarelo.
. Nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos das mão e dos pés causando inchaço, dor e vermelhidão no local.
.Podem ocorrer infecções freqüentes localizadas na garganta, pulmões e ossos. Estas infecções devem ser vistas pelo médico hematologista tão logo apareçam. Podem ser muito graves e até fatais.
A anemia falciforme é um problema grave para a população negra, pois os índices oficiais indicam que as três principais causa de óbito entra a população negra é o alcoolismo, a pressão alta e a anemia falciforme.
E por sua vez, os médicos garantem que as mortes ocorrem por falta de um diagnóstico correto e o tratamento no SUS ainda é precário apesar do governo afirmar que aumentou as verbas destinadas a esta área.
Para garantir um tratamento decente aos doentes é necessário um verdadeiro investimento na saúde pública.

Fonte: A Folha de São Paulo

TUBERCULOSE FAZ 5 MIL ÓBITOS NO BRASIL

III ENCONTRO NACIONAL DE TUBERCULOSE
O quadro foi descrito durante o 3º Encontro Nacional de Tuberculose por Afrânio Kritski, presidente da Rede-TB, que reúne pesquisadores da doença.
Segundo Kritski, estudos demonstram que hospitais tratam a tuberculose sem atender adequadamente às medidas de biossegurança, isto é, ações para proteger trabalhadores de saúde e por conseqüência o restante da comunidade da tuberculose, doença que registra cerca de 85 mil novos casos por ano no Brasil, além de 5 mil óbitos.
O País é o 16º com o maior número de casos no mundo.
Inquérito inédito sobre tuberculose em 63 hospitais brasileiros localizados no Rio, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão, Ceará, São Paulo, Pernambuco, Amazonas e Minas verificou que 14,3% não adotavam medidas administrativas de biossegurança e que 36,5% não atendiam a normas de engenharia para evitar que doentes contaminassem outras pessoas.
"Falta controle sobre casos que representam 30% do notificado pelos grandes centros. Necessitamos de uma diretriz nacional e, depois, de um plano para a tuberculose nos hospitais”,
defendeu Kritski pouco antes do encerramento do encontro nacional sobre tuberculose, no último sábado, em Salvador.
Fonte: O Estado de S.Paulo.

domingo, 29 de junho de 2008

PLANO NACIONAL DE SAÚDE


"Promover a eqüidade na atenção à saúde da população negra"
é o lema que resume várias diretrizes aprovadas no Plano Nacional de Saúde (PNS), referentes a uma dívida histórica do Estado Brasileiro em relação à metade de nossa população.

Em agosto de 2004, realizou-se o Seminário Nacional de Saúde da População Negra, que ficará como um grande marco na construção dessa eqüidade. Sendo um dos mais importantes resultados da parceria entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), o Seminário trouxe muitos avanços, com a troca e disseminação de conhecimentos e informações, assim como a criação de uma forte corrente ligando pessoas, idéias e emoções comprometidas em fazer com que as diretrizes e metas do PNS se traduzam de fato em ações que beneficiem a nossa população.

A coordenação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra vai divulgar os encaminhamentos recentes nos diversos processos em curso na busca dessa eqüidade. Nela se canalizará a comunicação com o Comitê Técnico, espaço onde governo e sociedade civil dialogam, planejam, monitoram e avaliam o cumprimento das diretrizes e metas específicas estabelecidas no Plano Nacional de Saúde.


fonte:Ministério da Saúde

. O MINISTÉRIO DA SAÚDE GARANTE... PACTO PELA SAÚDE




O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde.

Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social.

I COLÓQUIO INTERNACIONAL ETNICIDADE, RELIGIÃO E SAÚDE


O I Colóquio Internacional Etnicidade, Religião e Saúde: Questões Identitárias e Políticas em Saúde da População Negra no Brasil é uma realização do Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica Comunidade, Família e Saúde – FASA do ISC-UFBA em parceria com a Assessoria de Promoção da Equidade Racial em Saúde – SMS e INFANS – Unidade de Atendimento ao Bebê. O evento tem o apoio também da Pró-Reitoria de Extensão da UFBA e do Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO
O evento ocorrerá entre os dias 13 e 15 de julho de 2008 em Salvador na Universidade Federal da Bahia e pretende favorecer o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre pesquisadores, gestores, profissionais de saúde, representantes de movimentos sociais e a comunidade local contribuindo para uma maior compreensão sobre o tema proposto e para o fomento de uma agenda de cooperação técnico-científica entre os diferentes coletivos sociais presentes.Além de promover o debate sobre os problemas e necessidades de saúde da população afrodescendente, cabe reconhecer seus traços identitários e costumes culturais, incluindo as práticas terapêuticas e religiosas, de modo a subsidiar a construção de políticas públicas culturalmente sensíveis e que contribuam para a promoção da equidade sócio-sanitária.
13 a 15 de julho - Abertura: Salão Nobre da Reitoria da UFBA

LOCAL: Faculdade de Direito (UFBA)

VII CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DAS DST/AIDS




VII CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO ÀS DST e AIDS - FLORIANÓPOLIS

Maior evento do tipo no país, o congresso reunirá mais de 4 mil pessoas no centro de convenções Centro Sul, até o próximo sábado (28/6
As discussões do congresso serão orientadas pelo conceito "município-mundo", que vai explorar as diversas dimensões e abordagens entre o local e o global na formulação de respostas à epidemia de aids e outras DST. "Com a descentralização progressiva do SUS e o conseqüente aumento da responsabilidade dos municípios frente à epidemia, a construção da resposta local adquire relevância cada vez maior", avalia o ministro José Gomes Temporão.Nos últimos anos, o desafio da descentralização da saúde trouxe para as áreas de prevenção e assistência às DST e aids a reflexão sobre a necessidade de se rever processos de gestão, perfis tecnológicos e organização dos serviços de atenção. A partir desse processo, foram intensificadas as demandas das pessoas que vivem com HIV e de segmentos populacionais mais vulneráveis, considerando a relação entre os conceitos básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) – universalidade, integralidade e eqüidade.Atividades – Promovido pelos governos federal, estadual e municipal, o evento terá uma vasta programação científicas, em conferências, mesas redondas, oficinas, comunicações coordenadas, fóruns e cursos. Participam do congresso gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, acadêmicos e representantes da sociedade civil.Para a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, o congresso será um espaço importante para refletir sobre os rumos do campo da prevenção e reafirmar a política brasileira de prevenção, que não se fundamenta em preceitos morais ou religiosos, mas em evidências científicas e no respeito às individualidades e à diversidade. Segundo Mariângela, essas análises são fundamentais para compreender e transformar os contextos de risco e vulnerabilidade das pessoas. "Hoje, percebe-se, em todo o mundo, uma intensificação de tendências conservadoras, em detrimento de uma abordagem mais integral. Isso, por vezes, pós-exposição, na circuncisão e na abstinência e fidelidade são inconsistentes, do ponto de vista operacional e programático da saúde pública".Mais informações:Programa Nacional de DST e AidsAssessoria de Imprensa

quarta-feira, 16 de abril de 2008

GOVERNO DIVULGA MAPA DE SAÚDE DO BRASILEIRO


O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revela como está a saúde dos brasileiros maiores de 18 anos.


O estudo foi realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, nas capitais dos 26 estados do País e no Distrito Federal.As entrevistas, realizadas entre julho e dezembro de 2007, contaram com uma equipe de 60 entrevistadores, quatro supervisores e um coordenador. No questionário, perguntas sobre tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, ingestão de frutas e hortaliças, atividade física, proteção contra raios ultravioletas, auto-avaliação do estado de saúde, diagnóstico autodeclarado de hipertensão e diabetes e, para as mulheres, exame de mamografia e preventivo de colo de útero (Papanicolau).
A pesquisa consistiu em mais de 54 mil entrevistas telefônicas, com um mínimo de dois mil indivíduos adultos em cada uma das 26 capitais e no Distrito Federal. A amostragem foi realizada a partir de cadastros das linhas telefônicas residenciais de cada cidade, onde um morador foi selecionado para ser o entrevistado. O Vigitel foi divulgado na sexta-feira (4 de abril).Para a análise dos dados, foram utilizados fatores de ponderação que igualam a composição sócio-demográfica da amostra em cada cidade àquela observada no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000. Com isto, todas as faixas etárias, de sexo e escolaridade são representadas conforme a distribuição populacional do Brasil.
O inquérito é realizado anualmente desde 2006. “Estamos construindo uma linha de base para o monitoramento dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis. A idéia é, a partir dos dados, basear as políticas públicas de promoção à saúde e prevenção de doenças não transmissíveis”, explica a coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, Deborah Malta.Principais resultados - Os resultados do Vigitel mostram que, de uma forma geral, as brasileiras têm cuidado mais da saúde: alimentam-se melhor, fumam menos, são menos sedentárias, bebem menos e têm menos excesso de peso.No geral, 43,4% da população adulta estão com excesso de peso (IMC> 25), apenas 17,7% da população atendem às recomendações da OMS de comer cinco porções diárias de frutas e hortaliças, o consumo de carne com gorduras aparentes está no cotidiano de 32,8% da população e 29,2% dos adultos são sedentários.A freqüência de adultos que consomem refrigerantes cinco ou mais dias da semana variou de 21% em Aracaju (menor regularidade) a 38% no Macapá (maior regularidade).
No conjunto das capitais e Distrito Federal, 26,7% dos entrevistados bebem refrigerantes. Os homens o fazem com maior freqüência, 31,7%; enquanto as mulheres, 22,4%.A ingestão abusiva de bebidas alcoólicas (considerada mais de cinco doses para homens e mais de quatro para mulheres em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias) variou entre 13,4%, em São Paulo, e 23% em São Luís.Já a carne vermelha gordurosa ou frango com pele sem remover a gordura visível do alimento está presente na mesa de 32,8% da população de todas as capitais e Distrito Federal.
Recomendações da OMS - Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam um dos principais desafios de saúde para o desenvolvimento global nas próximas décadas. Ameaçam a qualidade de vida de milhões de pessoas e apresentam grande impacto econômico para os países, em especial os de baixa e média renda. Diante deste cenário, a Organização Mundial de Saúde propôs aos países-membros compromissos para a redução das taxas de morbimortalidade por DCNT.Hoje, há evidências suficientes para se afirmar que é possível prevenir a maioria das DCNT, bem como alterar o seu curso, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida dos indivíduos, por meio de ações para a prevenção dos principais fatores de risco para DCNT, com destaque para o tabagismo, a alimentação inadequada, o sedentarismo, a hipertensão arterial, a obesidade e o consumo abusivo de álcool.

extraído de:http://www.brasil.gov.br/noticias/em_questao/.questao/eq629/emquestao_view?portal_status_message=Your%20contents%20status%20has%20been%20modified. mais:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=44917 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pacsaude/

terça-feira, 15 de abril de 2008

pobreza e saúde

Doenças da pobreza matam 226 brasileiros por dia.

Mais de 82 mil mortes são causadas por males como diarréia, desnutrição, malária, tuberculose e dengue.

SÃO PAULO - As doenças da pobreza e o abandono matam 226 brasileiros por dia. São pelo menos 82,5 mil mortes por ano causadas por males como diarréia, desnutrição, malária, tuberculose, dengue, febre amarela e falta de assistência médica. Este número, extraído pelo Globo do banco de dados do Ministério da Saúde, é maior que o total de homicídios e de mortes em acidentes de trânsito registradas em 2005 (cerca de 77.500).
O Globo fez um levantamento junto à base de dados do Ministério da Saúde, considerando a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Foram somadas as mortes dos itens "algumas doenças infecciosas e parasitárias" (à exceção da AIDS e da septicemia) e a desnutrição. Esse grupo de males infecciosos e a desnutrição são as chamadas doenças da pobreza, com média anual de 33,5 mil mortes. A este número, somou-se o item "morte sem assistência médica", com cerca de 49 mil óbitos registrados em 2005. Só de diarréia e infecções intestinais morreram, em 2005, por exemplo, 10.599 pessoas. A desnutrição, sozinha, matou 6,9 mil brasileiros. A tuberculose, embora seja curável e tenha um custo de tratamento de R$70 (quando tratada no início e sem internação), causou mais de 4,7 mil mortes.Em 2005, até a poliomielite aguda reapareceu, matando três pessoas. Silva Pinto, no entanto, estima que a pobreza e a fome causem efeitos muito maiores na mortalidade nacional (1.006.827 mortes em 2005, último ano de dados registrados pelo Data SUS, do Ministério da Saúde).
Além das doenças da pobreza, há a perversidade da pobreza, como nos casos de pneumonia, em que morreram 35.903 pessoas
Na grande maioria dos casos, o sistema imunológico está comprometido pela falta de comida, pela pobreza.
A falta de saneamento, informação e escolaridade cria o ambiente perverso da proliferação das doenças."Dessas 49 mil mortes sem atendimento médico, 43 mil ocorreram em casa, certo? Quantas dessas pessoas não tiveram como chegar a um serviço de saúde porque não tinham acesso? A maior parte, podemos conferir, ocorreu no Nordeste do país. Cerca de 23,6 mil mortes sem atendimento médico ocorreram em casas do Nordeste, sendo 10.717 na Bahia, fora da região metropolitana de Salvador."

Fonte: Correio da BahiaFev/08

Conferência Latino-Americana sobre Pesquisa e Inovação em Saúde na América Latina





Começa nesta terça-feira, 15/04 às 19h30, no hotel Sheraton/RJ a I Conferência Latino-Americana sobre Pesquisa e Inovação em Saúde.

O objetivo do encontro é promover a troca de experiências, conquistas e desafios, na área de ciência e tecnologia em saúde, entre países da América Latina. O evento seguirá até a próxima sexta-feira (18).
O debate contará com profissionais da área de ciência e tecnologia, representantes de instituições de ensino e pesquisa, gestores de saúde e de ciência e tecnologia, profissionais de saúde e pesquisadores. Entre eles, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Reinaldo Guimarães, e a Diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia, Suzanne Serruya, ambos do Ministério da Saúde. O evento é uma parceria entre Ministério da Saúde, o Council on Health Research for Development (Cohred), o Global Forum for Health Research, o INSalud México, a NicaSalud Network Federation e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/Brasil).
A Conferência servirá para que os países participantes tomem conhecimento de como está o desenvolvimento dos sistemas latino-americanos de pesquisas em saúde. Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, o encontro busca definir, entre outras coisas, estratégias e ações para uma futura cooperação no âmbito da América Latina. "A idéia é estimular a formação de parcerias que possam atender às demandas de eqüidade em saúde e de desenvolvimento por intermédio da pesquisa científica e de ampliar o interesse de agências de fomento externas no apoio a este processo", explica.
A Conferência será organizada em quatro grandes temas:
I - Sistemas Nacionais de Pesquisa em Saúde
II - Financiamento à Pesquisa em Saúde
II - Inovação, Desenvolvimento de Produtos e Acesso
IV - Recursos Humanos para a Pesquisa em Saúde
Na oportunidade será discutida também uma colaboração regional que possa promover a integração dos grupos participantes para tratar da cooperação Sul-Sul, ou seja, dos paises em desenvolvimento na América Latina. O projeto procura envolver as redes de pesquisa regionais existentes, institutos de pesquisa e agências de fomentos, com o objetivo de estimular essa colaboração.Outras informações sobre o evento estão disponíveis no endereço eletrônico: www.cohred.org/main/healthresearchlatinamerica.php Informe-se sobre o 'MAIS SAÚDE' acessando o hotsite do programa. Clique aqui
Atendimento ao cidadão :
0800 61 1997 ou 61 3315-2425

Fonte: www.saude.gov.br/

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Jurema Werneck -SUS e Democracia





"A existência do Sistema Único de Saúde representa mais um instrumento para a realização da democracia. A saúde como direito de todos e dever do Estado está presente na Constituição Federal, no artigo 196. O Estado precisa, portanto, prover ações e serviços de saúde.

As organizações negras, desde os tempos da escravidão, advogavam para que as obrigações do Estado sejam cumpridas e garantidas pelo próprio Estado, não terceirizadas ou privatizadas.

A existência do SUS realiza esse desejo de democracia. Além disso, 80% da população negra que busca serviços de saúde recorrem ao SUS, não apenas por motivos financeiros, mas por entender e querer a realização de um Estado de justiça social. Num Estado de justiça social, há escola pública, saúde pública, etc.

O SUS é fundamental não apenas porque é lá que vamos encontrar assistência e atenção à saúde, mas porque é lá que devemos encontrá-las. Não é na Golden Cross ou na Amil. Até porque, diante do aumento expressivo de usuários de planos de saúde, incluindo boa parte da população negra, essas empresas estão fechando, falindo, desistindo. Elas querem lucro, mas o consumo está muito alto. Daqui há pouco, não darão conta da demanda. "


Leia na íntegra a entrevista de Jurema Wernek ao ÌROHÌN - http://www.irohin.org.br/

terça-feira, 8 de abril de 2008

CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE

Elaborada pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Comissão Intergestora Tripartite, a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde se baseia nos seis princípios básicos de cidadania. Com ela, o cidadão poderá conhecer quais são os seus direitos como usuário do sistema de saúde e contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento à saúde dos brasileiros.

De acordo com o primeiro princípio da carta, todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado ao sistema de saúde. Assim, fica garantido aos usuários a facilidade de acesso aos postos de saúde, especialmente aos portadores de deficiência, gestantes e idosos.

O segundo e terceiro princípios do documento esclarecem ao cidadão sobre o direito a um tratamento adequado para seu problema de saúde. Também faz referência à necessidade de um atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação (preconceito de raça, cor idade ou orientação sexual, estado de saúde ou nível social).

O quarto princípio da carta garante que o atendimento prestado ao cidadão deve respeitar a sua pessoa, seus valores e seus direitos. Fica assegurado ao paciente, por exemplo, o conhecimento de seu prontuário médico, sempre que solicitado por ele.

O quinto princípio fala sobre as responsabilidades do cidadão para que ele tenha um tratamento adequado. Por exemplo: o paciente nunca deve mentir ou dar informações erradas sobre seu estado de saúde, pois essa atitude pode prejudicar a precisão do diagnóstico dado pelo médico.

O sexto princípio da carta garante que todos os princípios da carta sejam cumpridos. Segundo ele, é necessário que todos os gestores da saúde, representantes das três esferas de governo (federal, estadual e municipal), se empenhem para que os direitos dos cidadãos sejam respeitados.
Fonte: Portal daSaúde/Ministério da Saúde

segunda-feira, 7 de abril de 2008

EVENTO DO FÓRUM- DIA MUNDIAL DA SAÚDE

Em novembro de 2006, o Conselho Nacional de Saúde aprovou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Essa política tem como marca o reconhecimento do racismo, das desigualdades étnico-raciais e do racismo institucional como determinantes sociais das condições de saúde, com vistas a promoção da equidade em saúde.

Foi pensando em aprofundar conhecimentos sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e acompanhar a sua implementação no Estado do Rio de Janeiro, que o Fórum Estadual de Saúde da População Negra do Estado do Rio de Janeiro, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e a Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra convidam você para participar de um encontro no Dia Mundial da Saúde – 07 de abril – na sede da ABIA com o objetivo de potencializar a participação da população negra nos espaços de controle social de políticas públicas de saúde visando a garantia da equidade no SUS.


Programa
14:00h - Mesa de Abertura
14:15h – Apresentação da Cia da Saúde
14:30h – Painel 1- - A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: perspectivas e desafios da implementação da política no Estado do Rio de Janeiro
16:00h – Painel 2 - O Legislativo e a Saúde da População Negra
17:30h – Encerramento


Data: 07 de abril de 2008
Horário: 14:00h
Local: ABIA – Avenida Presidente Vargas 446 - 13 andar – Centro
Próximo ao Guanabara Palace Hotel e Rua Miguel Couto

Informações com Marmo - 8692-7406
Luciane - 2518-6194

RACISMO FAZ MAL À SAÙDE



RACISMO FAZ MAL À SAÚDE – FÓRUM ESTADUAL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA


7 DE ABRIL _ DIA MUNDIAL DA SAÚDE



A Organização das Nações Unidas – ONU declara que o racismo está configurado de acordo com o a Convenção Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial e acontece conforme a seguir: "Racismo fica definido em qualquer distinção, exclusão , restrição ou preferência baseada em raça , cor , descendência, ou origens étnicas ou nacionais que tenham o propósito ou efeito de anular ou impedir o reconhecimento , gozo ou exercício , em condições iguais de direitos humanos e liberdades fundamentais nas áreas política , econômica ,social, cultural ou qualquer outra da vida pública ".


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